Egresso em destaque - Tatiany Aparecida Teixeira Soratto

Você poderia nos contar a sua trajetória no PPGPVBA?

Sou biotecnologista, formada em 2014 pelo CCA – UFSCar, realizei meu estágio obrigatório no Centro de Citricultura Sylvio Moreira (IAC)  de Cordeiropolis. A Profa. Dra. Mariângela Cristofani-Yaly, foi minha orientadora durante meu estágio obrigatório e me convidou para realizar o meu projeto de mestrado com ela. Ingressei no mestrado em 2015 com o projeto intitulado: “MAPEAMENTO DE QTLS E EQTLS ASSOCIADOS À REAÇÃO A Candidatus Liberibacter asiaticus EM Poncirus trifoliata, Citrus sunki E HÍBRIDOS”.

Nosso interesse com esse projeto era entender quais os mecanismos envolvidos na tolerância do P. trifoliata a essa doença (HLB) que estava devastando pomares no Brasil e nos EUA. Esse projeto originou três artigos:

CURTOLO, M. ; SORATTO, T.A.T.; GAZAFFI, R.; TAKITA, M.A.; MACHADO, M.A.; CRISTOFANI-YALY, M.. High-density linkage maps for Citrus sunki and Poncirus trifoliata using DArTseq markers. Tree Genetics & Genomes, v. 14, p. 1, 2018.

CURTOLO, M.; GRANATO, L.M.; SORATTO, T.A.T.; CURTOLO, M.; GAZAFFI, R.; TAKITA, M.A.; CRISTOFANI-YALY, M.; MACHADO, M.A. Expression Quantitative Trait Loci (eQTL) mapping for callose synthases in intergeneric hybrids of Citrus challenged with the bacteria Candidatus Liberibacter asiaticus. Genetics and Molecular Biology, v. 43, p. 1, 2020.

SORATTO, T.A.T.; CURTOLO, M.; MARENGO, S.; DEZOTTI, A.L.; LIMA, R.P.M.; GAZAFFI, R.; MACHADO, M.A.; CRISTOFANI-YALY, M. QTL and eQTL mapping associated with host response to Candidatus Liberibacter asiaticus in citrandarins. Tropical Plant Pathology, v. 1, p. 1, 2020.

Finalizei o mestrado em 2017, e durante o mesmo tive a oportunidade de trabalhar com outros projetos bastante interessantes.

Participei de um projeto que tinha como interesse selecionar marcadores específicos para certificar variedades de citrus, os mesmos estão sendo utilizados pela clínica como um serviço de certificação e parte desse projeto originou o artigo: “Seleção de marcadores específicos para caracterização de variedades do grupo das tangerinas e híbridos”, publicada na Revista Científica do Centro Universitário de Araras "Dr. Edmundo Ulson" em 2017.

Outro projeto que tive a oportunidade participar foi com híbridos que se mostraram resistentes à bactéria Xyllela fastidiosa que causa a doença Clorose variegada dos Citros ou, também conhecida como amarelinho. Nesse projeto avaliamos alguns genes que poderiam estar envolvidos nessa resistência e esse projeto originou o artigo:

MAURÍCIO, F.N.; SORATTO, T.A.T..; DIOGO, J.A.; CAMARGO, R.L.B.; DE SOUZA, A.A.; COLETTA-FILHO, H. ; DA SILVA, J.A.A.; MEDEIROS, A.H.; MACHADO, M.A.; CRISTOFANI-YALY, M. Analysis of defense-related gene expression in Citrus hybrids infected by Xylella fastidiosa. Phytopathology, v. 109, p. 301-306, 2018.

Como foi sua trajetória após o término do Mestrado?

Com o mestrado, eu descobri que gostava muito de analisar dados, utilizei muitas ferramentas de bioinformática durante todo o período do mesmo. Dessa forma, resolvi que gostaria de ingressar no doutorado com um projeto apenas voltado a bioinformática. Assim, abandonei a vida de bancada, e ingressei no programa de doutorado em Biotecnologia na Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, com ênfase em bioinformática, em um laboratório de bioinformática.

O meu projeto de doutorado consiste na busca de genes de resistência a antibióticos em dados metagenômicos, provenientes de amostras ambientais e, também, de pacientes. Atualmente, estou quase no final de um doutorado sanduíche na Suécia, na cidade de Estocolmo, onde tive a oportunidade de trabalhar em um dos maiores centros de pesquisa da Europa, o Karolinska Institutet.

Quais são as principais contribuições do Programa de Mestrado para seu desenvolvimento como profissional?

Apesar de eu ter trocado totalmente de área, acredito que sem a experiência que tive no mestrado eu não poderia estar aqui hoje. O meu projeto me introduziu ao mundo da bioinformática, que hoje eu sinto ser parte do meu mundo. Tive a oportunidade de ter uma brilhante orientadora, que com certeza sempre levarei com muito carinho e ponto de referência de como eu gostaria de orientar um dia. E foi com o mestrado que eu descobri como eu gosto de ensinar e como é energizante finalizar uma aula/palestra participativa.

Qual seria sua mensagem ou sua dica para quem quer ingressar no Mestrado?

Participe de tudo que for possível, palestras, projetos, cursos, apenas testando você saberá se está no caminho certo.