Egresso em destaque - Gabriela Estefano Saraiva Leme

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Gabriela Estefano Saraiva Leme: a trajetória até o empreendedorismo

Você poderia nos contar a sua trajetória no PPGPVBA? 

A minha história com a UFSCar começou um pouco antes do mestrado. Em 2010, ingressei na universidade como estudante de bacharelado em Biotecnologia.  Muitas coisas marcaram os meus 4 anos na UFSCar, como as incontáveis oportunidades de aprendizado, a experiência e know-how dos professores, a exclusividade das aulas que eram constituídas por um pequeno número de estudantes, a infraestrutura do campus e laboratórios, os estágios e grupos de estudos, entre outros. No meu último ano de graduação fui aprovada no programa de estágios do Laboratório de Biotecnologia Agrícola da DuPont Pioneer (agora DowDuPont - Corteva Agriscience) e desenvolvi junto a UFSCar um projeto de identificação de bactérias endofíticas na cultura de tecidos da cana-de-açúcar. No final do estágio recebi uma proposta de emprego e, então, dei início a minha vida profissional. Como trabalhei em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento da DuPont, constantemente encontrava suporte dos professores da UFSCar para tirar dúvidas ou nos auxiliar em alguma experimentação. Em 2016, decidi que era importante para minha carreira dar continuidade aos estudos, foi quando retornei à UFSCar, desta vez, como estudante de mestrado. O meu projeto, desenvolvido com o Prof. Dr. Rodrigo Gazaffi, consistiu em estudar a interação genótipo-ambiente para a cultura da cana-de-açúcar (https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/10729). A grande relevância desse estudo está em compreender que ambiente, para o melhoramento da cana-de-açúcar, trata-se de uma combinação entre locais e anos. A multidisciplinaridade do programa de Produção vegetal e Bioprocessos me permitiu adquirir novos conhecimentos que, no meu caso, compreendiam as áreas de estatística e melhoramento genético. Com os conhecimentos adquiridos durante o mestrado, antes mesmo da defesa da minha dissertação, fui convidada pelo time da DuPont Pioneer de Palmas – TO para coordenar os laboratórios de Aceleração de Inserção de Traits e Duplo-Haplóides para a cultura de milho e soja em Palmas e Uberlândia.

Como foi sua trajetória após o término do Mestrado? 

Antes de finalizar o mestrado me mudei para Palmas – TO para coordenar os laboratórios de Aceleração de Inserção de Traits e Duplo-Haplóides de milho e soja. Como meu mestrado era basicamente estruturado na análise de dados, e eu havia cumprido os créditos em disciplinas, pude terminá-lo à distância. Após quase 1 ano como pesquisadora da empresa, aceitei a proposta de um antigo chefe da DuPont para ser sua sócia em um projeto bem inovador e desafiador: produção de biochar a partir de resíduos agroflorestais com foco na emissão de certificados de crédito de carbono.

Quais são as principais contribuições do Programa de Mestrado para seu desenvolvimento como profissional?

Há 10 anos faço parte da UFSCar, foi no campus de Araras que desenvolvi grande parte das minhas habilidades como pesquisadora. O mestrado na UFSCar certamente alavancou minha carreira, que saiu de um nível mais técnico para um nível de gestão e coordenação.

A multidisciplinaridade do mestrado com certeza é um dos fatores de maior destaque do PPGPVBA pois quando estamos em um negócio de P&D tendemos a olhar os desafios de forma muito restrita e limitada, e quando temos a oportunidade de fazer um mestrado que abrange inúmeras áreas de conhecimento, percebemos que podemos encontrar respostas em outras linhas de pesquisas ou através do networking com outros profissionais.

Hoje não sou mais aluna da UFSCar, mas ainda encontro suporte e apoio dos professores e orientadores, e isso é muito enriquecedor.

Qual seria sua mensagem ou sua dica para quem quer ingressar no Mestrado?

Certamente o mestrado é uma experiência que vale a pena ser vivida. Pesquise temas e linhas de estudos de que goste, converse com os professores e busque um local que não seja apenas uma fonte de aprendizado, mas onde você é capaz de encontrar apoio e suporte profissional, como o PPGPVBA.

Gostaria de deixar meu agradecimento ao meu orientador Dr. Rodrigo Gazaffi, aos professores do PPGPVBA e aos meus professores da graduação.