Egresso em destaque - Juliana Uzan

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Juliana Uzan: os desafios do mestrado preparando para o doutorado

Você poderia nos contar a sua trajetória no PPGPVBA?

Fiz o curso de Engenharia Agronômica no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, no campus de Inconfidentes. Após a conclusão da graduação, eu trabalhei em uma empresa agrícola da minha cidade por alguns meses, mas por gostar da área de pesquisa, decidi que deveria tentar o mestrado. Pesquisei as áreas que gostava e me interessei pelo Programa de Produção Vegetal e Bioprocessos Associados, da UFSCar. Ingressei no mestrado em 2017, sendo orientada pelo Prof. Dr. Alfredo Seiiti Urashima, trabalhando com a suscetibilidade à doença Podridão Abacaxi  das cultivares de cana-de-açúcar mais plantadas no centro sul do Brasil. Foi um trabalho necessário e importante para o setor. Durante o mestrado participei de vários eventos científicos, em especial, apresentei trabalhos no Congresso de Fitopatologia em Boston, nos Estados Unidos, e no Congresso de cana-de-açúcar em Coimbatore, na índia, para os quais tive apoio financeiro do PPGPVBA e UFSCar. Foram experiências incríveis! Em 2019 defendi o meu mestrado e os resultados do artigo ainda estão em desenvolvimento e será publicado em breve.  

Como foi sua trajetória após o término do Mestrado?

Dias antes de defender a minha dissertação do mestrado resolvi tentar o Doutorado. Mesmo tendo uma experiência bastante complexa durante o mestrado, resolvi que deveria continuar na área acadêmica, já que o meu objetivo sempre foi trabalhar com pesquisa em alguma empresa agrícola ou mesmo seguir a carreira na docência. No início de 2019 defendi a dissertação de mestrado e no meio deste mesmo ano, ingressei no doutorado em Proteção de Plantas, na UNESP, campus Botucatu. No momento, estou finalizando meu projeto do doutorado, tive muitas portas abertas, consegui bolsa CAPES para o desenvolvimento do projeto, além de estar desenvolvendo outros trabalhos simultâneos. 

Quais são as principais contribuições do Programa de Mestrado para seu desenvolvimento como profissional?

As contribuições foram inúmeras, não só para o meu desenvolvimento profissional, mas pude amadurecer muito como pessoa! Na graduação eu tive pouca experiência em laboratório, e no mestrado pude aprender principalmente sobre biologia molecular e, hoje, é o que eu mais trabalho no doutorado. A realização do mestrado pôde proporcionar o meu ingresso no doutorado em outra grande Universidade. No mestrado pude aprender como lidar com pessoas de diferentes visões, como também com adversidades e frustrações no trabalho. Nem sempre o nosso projeto segue da melhor forma, e isso faz parte da pós-graduação, é muito comum, o importante é continuar e finalizar o que foi iniciado! O aprendizado em laboratório adquirido no mestrado favoreceu o desenvolvimento do meu trabalho de doutorado. Hoje também estou dando aulas, e muito do conhecimento transmitido para os meus alunos foi adquirido no mestrado.     

Qual seria sua mensagem ou sua dica para quem quer ingressar no Mestrado?

Eu diria que o mestrado é uma experiência única! Acredite, o aprendizado será imenso. Saber que o seu trabalho conseguiu responder dúvidas de produtores/agricultores que necessitam daquela informação, é muito gratificante. Não será fácil, já que um projeto de mestrado nos desafia a desbravar um campo que ainda não foi conhecido, e isso irá demandar de muito esforço, paciência e perseverança, isso irá te ensinar muito, além do que imagina. O mestrado significa enfrentar desafios, portanto desafie-se, aproveite as oportunidades, não se limite, faça o seu melhor, e os resultados virão!